A disputa pela liderança tecnológica global também passa pela infraestrutura e pelos recursos naturais. Cabos submarinos, satélites e redes de conexão estão no centro desse jogo, mas há uma outra peça fundamental: os minerais críticos. Eles são indispensáveis para fabricar baterias, placas, painéis de energia e componentes de alta tecnologia. Entre eles estão as chamadas terras raras, um grupo de 17 elementos químicos. Um exemplo curioso vem dos Estados Unidos: cada submarino da classe Virginia leva cerca de 4,6 toneladas de terras raras em sua construção, e 70% desse material é importado da China. Ou seja, até onde menos se espera, a dependência está presente. O Brasil tem a segunda maior reserva mundial de terras raras, com 23% do total, mas só produz 1%. O desafio é sair da lógica de exportar apenas o minério bruto e passar a investir em extração e processamento, garantindo mais valor agregado antes que o material volte ao país em forma de produto caro. Outro ponto sensível é o uso militar da inteligência artificial. O Brasil participa das discussões internacionais sobre armas autônomas e segurança cibernética. Para o embaixador Eugênio Garcia, nesse ponto “o gênio já saiu da lâmpada”: a IA está sendo usada por exércitos no mundo inteiro. Por isso, negociações na ONU tentam criar um protocolo para disciplinar o tema, impondo limitações e algum tipo de controle. Em 2021, a Unesco aprovou uma recomendação sobre ética da IA, e a diplomacia brasileira levou uma contribuição decisiva: o conceito de usos pacíficos da inteligência artificial, com a defesa de que decisões de vida ou morte não devem ser delegadas às máquinas.
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