Depois de um processo longo e de muita pressão política, a Petrobras recebeu aval do Ibama para perfurar um poço exploratório na bacia da Foz do Amazonas. A perfuração deve durar cinco meses e por ora, serve apenas para pesquisa, para verificar se existe petróleo e gás em escala comercial. A autorização, às vésperas da COP 30, é vista como derrota de ambientalistas, que temem impactos na região.
O #Edição18 ouviu Telmo Ghiorzi, presidente executivo da ABESpetro, e Carlos Nobre, ambientalista, sobre o assunto.
“O petróleo compõe hoje 80% da matriz energética do mundo, e só 45% da brasileira. O Brasil é muito limpo, não vai ficar sujo, do ponto de vista de energias renováveis, por causa dessa exploração. Não vai mudar nada no Brasil nem no mundo. A gente não tem como escapar do petróleo por ora, não há substituto em termos de quantidade e de preço tão baixo. Infelizmente, não temos saída hoje, estamos buscando isso. A maior emissão de CO2 no Brasil não é na área de energia e muito menos na de petróleo”, disse Ghiorzi, representante do setor petrolífero.
Para o ambientalista, “é impossível garantir que esse tipo de exploração jamais vai ter um acidente”. “Quero chamar a atenção para o risco para o aquecimento global. Se nós mantivermos todos os poços de petróleo, gás natural e minas de carvão existentes hoje em exploração, chegaremos em 2050 ainda emitindo nove a dez bilhões de toneladas de gás carbônico. Só com o que está sendo explorado, a temperatura vai passar de 2,5ºC em 2050”, afirmou Nobre.
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