Rússia x Ucrânia; Confira os motivos da possível invasão russa no território ucraniano.

Crise entre Rússia e Ucrânia na fronteira reflete na política em todo o mundo

Anúncio

A tensão escalou na Europa como não se via há muito tempo. Potências do Ocidente estimam que sejam 100.000 soldados russos posicionados nas fronteiras da Ucrânia há meses prontos para entrarem em ação.

Anúncio

Negociações diplomáticas que não andaram para reverter o cenário.

Desde já a Otan, aliança militar liderada por potências ocidentais, começou a mover suas tropas.

Tropa da Otan

Antes de mais nada o governo americano também anunciou nesta segunda-feira, 24, que 8.500 soldados estão em alerta.

Pela primeira vez desde a Guerra Fria, um porta-aviões, do grupo de elite da marinha dos EUA, está sob comando da Otan.

A disputa pela Crimeia

A tensão entre Ucrânia e os russos não vem de hoje. A crise mais recente estourou após a anexação da Crimeia, então território ucraniano, pela Rússia, em 2014.

Os conflitos na fronteira leste da Ucrânia deixaram 14.000 mortos nesses sete anos.

Contudo os riscos escalaram de vez com o avanço das tropas russas nos últimos meses, vistas pela Ucrânia como ameaça à independência do país.

Ademais, o governo ucraniano tenta convencer as potências do Ocidente de que uma invasão russa seria um problema para a estabilidade de toda a Europa e do mundo.

A fim de que receba mais apoio bélico para sustentar uma possível resistência a invasão russa.

Com toda a certeza a decisão do governo de Vladimir Putin de ir adiante com as tropas é uma estratégia para mostrar força no tabuleiro global, como já ocorreu no episódio da Crimeia.

IMPORTÂNCIA DA UCRÂNIA

A Ucrânia tem sido, desde o fim da Guerra Fria, uma fronteira entre a influência das democracias liberais da Europa e a Rússia.

MAPA DA UCRANIA

O território que hoje é a Ucrânia chegou a ser parte do antigo Império Russo. Depois, em 1919, virou uma república da União Soviética (URSS). Com o colapso do bloco, a Ucrânia selou de vez a independência em um acordo de 1994, sendo, portanto, uma democracia ainda muito jovem.

Na outra ponta, sem a URSS, a Otan e a União Europeia passaram a agregar nos anos 1990 e 2000 muitos países que eram zona de influência soviética na chamada Europa Central.

VEJA TAMBÉM: ACUSADO DE MATAR TORCEDOR SE ENTREGA

Assim, países como os Bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), República Tcheca, Hungria, Polônia, Eslovênia e Eslováquia se tornaram membros — a contragosto da Rússia.

Mas a Ucrânia ficou no meio do caminho. Movimentos de aproximação com a União Europeia e a Otan foram feitos ao longo dos últimos anos, além dos protestos populares de 2013 e também em 2004.

Não há, no entanto, uma visão coesa no país sobre esse movimento. Enquanto a porção oeste (onde fica a capital Kiev) anseia obter os padrões europeus, a parte leste ainda se vê mais próxima dos russos.

POSIÇÃO DE PUTIN

A Rússia exige, portanto, que a Otan pare sua expansão rumo aos países do leste, e acusa a aliança de estar “cercando a Rússia”.

Nos últimos anos, Putin se envolveu em conflitos que foram de apoiar regimes aliados em Cazaquistão e Belarus contra manifestantes à guerra civil na Síria (onde apoiou o ditador Bashar al-Assad).

Dentro de casa, também tem dobrado a aposta contra a oposição. Em 2020, saiu vitorioso em um questionado referendo que o permitirá ficar no poder até 2036.

O presidente da Rússia não está interessado em consenso, mas na capitulação do Ocidente. E para ele, a Ucrânia é tanto uma necessidade estratégica como uma questão de legado histórica.

Compartilhar:
Anúncio