Polônia abandona aliados ucranianos enquanto guerra se arrasta

A Polônia, uma peça-chave no xadrez da ajuda militar à Ucrânia, anunciou sua retirada do esforço de defesa, lançando dúvidas sobre o futuro da luta ucraniana. A União Europeia e a OTAN, outrora fervorosos apoiadores, agora parecem estar perdendo a fé.
Em um ato surpreendente, o governo polonês liderado pelo primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, que enfrentará eleições em breve, interrompeu o fornecimento de armas e equipamentos militares para Kiev. Este movimento sinaliza tensões crescentes, não apenas relacionadas à guerra, mas também à exportação de grãos ucranianos, que inundaram o mercado polonês.
A Polônia não só desempenhou um papel vital fornecendo armas e assistência financeira à Ucrânia, mas também acolheu mais de 1,6 milhão de refugiados ucranianos, sobrecarregando seus serviços públicos.
A pressão sobre Kiev se intensifica, com eleições críticas em vários países ocidentais, incluindo a disputa pela Casa Branca nos Estados Unidos. O presidente Joe Biden está sendo desafiado a justificar os custos bilionários da guerra sem grandes avanços no terreno.
Na recente Cúpula de Líderes do G20, EUA e países europeus evitaram críticas diretas à Rússia, sinalizando um afastamento de Kiev em busca de alianças com a Índia.
Esse desgaste já havia sido evidenciado pelo ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, que declarou que a OTAN “não era a Amazon” em resposta aos incessantes pedidos de armas da Ucrânia. Foi o primeiro sinal de que a paciência ocidental tinha limites.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou por mais ajuda na ONU, mas enfrentou uma reação morna, com os líderes mundiais focados em outros problemas, como as mudanças climáticas.
O relógio está correndo para Zelensky, já que o apoio ocidental agora depende de resultados concretos e rápidos no campo de batalha. O abandono da Polônia pode ser apenas o início de uma tendência preocupante para a Ucrânia.