Selfies com dinheiro viram prova de propina em ação contra governador do TO | Carlos Madeiro 
No encerramento do segundo dia de julgamento do “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado, a defesa de Braga Netto buscou mostrar que não há provas contra o general.
Em sua explanação diante da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado José Luis Oliveira Alma desqualificou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ao fazer isso, negou o envolvimento do seu cliente nos chamados planos Punhal Verde Amarelo e Copa 22 – candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022, Braga Netto foi ministro da Casa Civil e da Defesa.
“A acusação fez um discurso muito bonito, muito bem lido, evidentemente inteligente, porque estamos falando do procurador-geral da República (Paulo Gonet), mas não tem prova. É um discurso, uma narrativa acusatória.
“Não se pode condenar alguém com base numa narrativa. Há que se condenar alguém com base em provas, e o Ministério Público, com o máximo respeito, não trouxe provas. Não por inércia ou incompetência do Ministério Público, mas porque não as tem com relação a Walter Souza Braga Netto.
“(…) Olhem a afirmação que constou da manifestação da PGR: ‘Valendo-se do seu poder de influência no núcleo mais importante da Presidência da República, o réu atuou de forma incisiva para garantir o êxito da empreitada golpista, coordenando as ações mais violentas da organização criminosa’. É duríssimo esse parágrafo que a PGR faz ao meu cliente.”
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