Um dos maiores nomes do samba, Arlindo Cruz, morreu hoje, no Rio de Janeiro, aos 66 anos, por falência múltipla de órgãos.
O lugar de Arlindo Cruz era o palco. Irreverente, o “sambista perfeito”, como era chamado pelos amigos, transformava a arte de cantar, compor e tocar vários instrumentos em música.
Arlindo começou a tocar banjo e cavaquinho ainda menino, estudou teoria musical e violão clássico, até se tornar músico profissional em rodas de samba com diversos artistas. Foi nessa época que conheceu grandes nomes como Sombrinha, parceria que o projetou no cenário musical.
Ao todo, foram mais de 550 canções gravadas, incluindo sambas-enredo que se tornaram sucesso na Sapucaí. Após se destacar como compositor e instrumentista, ganhou sua maior chance como intérprete no grupo Fundo de Quintal, onde permaneceu por 12 anos antes de seguir carreira solo, lançando 14 discos.
Arlindo gostava de se reinventar, promovendo encontros inusitados em seus shows e firmando parcerias marcantes, inclusive com o filho, Arlindinho, em um DVD que considerava um dos melhores da carreira.
A vida, no entanto, também trouxe desafios. Ele enfrentou o vício em drogas e a compulsão alimentar antes do primeiro AVC, em 2007. Dez anos depois, um segundo AVC o afastou definitivamente dos palcos. Desde então, estava internado e faleceu nesta quinta-feira.
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