“O juiz não só pode, como deve fazer perguntas nos interrogatórios” 📣
Alexandre de Moraes, do STF, afastou a alegação de que ele, na figura de juiz, não poderia ter feito perguntas durante as audiências.
Durante sessão desta terça (9/9) do julgamento de Bolsonaro e aliados por atos golpistas, Moraes afirmou:
“A ideia de que o juiz deve ser uma samambaia jurídica durante o processo não tem nenhuma ligação com o sistema acusatório. Essa é uma alegação esdrúxula”.
A alegação foi feita pelo advogado Matheus Milanez, que defende o general Augusto Heleno, na semana passada.
O advogado questionou a “postura ativa do ministro relator [Alexandre de Moraes] de investigar testemunhas”, ressaltando que Moraes fez 302 perguntas aos oito réus interrogados, enquanto a PGR fez 59.
Milanez citou como exemplo uma pergunta feita por Moraes sobre uma postagem nas redes sociais pela testemunha Waldo Manuel de Oliveira Assis, que não constaria nos autos do processo. “Ou seja, nós temos uma postura ativa do ministro relator de investigar testemunhas. Por que o Ministério Público não fez isso? Qual o papel do juiz julgador? Ou é um juiz inquisidor?”, questionou o advogado.
“Não cabe a nenhum advogado censurar o magistrado dizendo o número de perguntas que ele deve fazer”, rebateu Moraes agora.
Veja o trecho no vídeo e acompanhe a cobertura do julgamento no site da BBC News Brasil: bbcbrasil.com
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