O #EspecialdeDomingo foi até os estados da Bahia e do Piauí para mostrar como a seca prolongada tem impactado a vida dos moradores e prejudicado a produção de pequenos agricultores familiares ao longo deste ano.
Em Juazeiro, na Bahia, alguns distritos não estão recebendo água, e os produtores lamentam a qualidade e a perda das colheitas. “Se você planta dois hectares para colher 60 toneladas, tira só 30. Metade se perde por conta da falta d’água. Isso acontece com o melão, pimentão, tomate, maracujá”, diz o agricultor Milton Batista.
A situação se repete no Piauí. Segundo o IBGE, a estimativa de produção de arroz no estado está 21,72% abaixo do que se esperava no início do ano. Para o feijão, a previsão negativa chega 59%, e a colheita do milho está 13,23% abaixo do esperado. A situação é ainda pior entre os pequenos produtores de arroz, feijão e milho, que devem produzir 50%, 67% e 84% a menos, respectivamente.
Em Fartura do Piauí, a situação é visível: a lagoa que carrega o nome da cidade secou. O município enfrenta uma seca grave neste segundo semestre de 2025. Nos sete primeiros meses deste ano, choveu menos de 5% do volume esperado.
Por lá, a nossa equipe visitou a propriedade do Algemiro Ribeiro, em uma comunidade rural da cidade. Segundo ele, toda a produção – feijão, mandioca, milho, batata – está parada há um ano por conta da seca. Ele destaca ainda que o açude de sua propriedade não se formou neste ano e que a falta d’água o obrigou a abrir mão do rebanho. “Nunca aconteceu isso, toda a vida consegui produzir”, disse Algemiro.
Na propriedade do Raimundo Nonato, em outra comunidade de Fartura do Piauí, o transtorno é o mesmo. Ele conta que não choveu o suficiente para crescer o mato que serve de alimento para os animais. “Isso dá uma tristeza na gente. A gente fica desanimado, dá vontade de desistir”, lamenta o produtor.
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