Durante o Estúdio i desta quinta-feira (11), Merval Pereira analisou o voto de Luiz Fux e disse que atribuir autonomia na trama golpista a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi “o ponto mais ridículo do voto do ministro”.
“Se ele dissesse que não houve tentativa de golpe, já seria um absurdo diante de todas as provas que existem. Agora, ele dizer que houve, mas por parte do tenente-coronel Cid e do Braga Netto, é um enredo completamente fantasioso. Quer dizer, ele acha que o Cid, na verdade, estava trabalhando contra o Bolsonaro e a favor do Braga Netto, para colocar o Braga Netto no poder. É uma loucura isso. Nem a defesa do Bolsonaro teve a coragem de sugerir isso”, comentou.
“Surpreendente a atitude do Fux, porque é incoerente com o comportamento dele nesse julgamento. Ele disse várias vezes que um juiz pode mudar de opinião. Claro que pode, mas dentro do mesmo julgamento? Aliás, já aconteceu isso”, disse Merval, e complementou:
“No Petrolão foi a mesma coisa. Vários ministros mudaram de posição da água para o vinho, no meio do caminho. Isso é muito ruim para o Supremo, que perde a credibilidade a cada vez que um ministro muda de posição sem ter uma explicação lógica, razoável para isso.”
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