Um macaco-prego tem chamado a atenção dos moradores do bairro Casa Verde, na Zona Norte de São Paulo. O animal tornou-se uma presença frequente, invadindo casas e até exigindo café da manhã. Apesar do carinho dos residentes pelo novo vizinho, especialistas alertam para os riscos associados à proximidade com animais silvestres.
O primata apareceu pela primeira vez há cerca de um mês, rapidamente se tornando o ‘xodó’ da comunidade local. Dona Almerita encontrou o macaco fazendo bagunça em sua casa e devorando bananas. Desde então, ela passou a oferecer café da manhã ao visitante.
A presença do macaco-prego na cidade tem explicação. Biólogos sugerem que o macaco fugiu devido ao desmatamento em áreas próximas. A expansão urbana desloca esses animais de seus habitats em busca de alimento e abrigo.
Quando eles encontram comida fácil, acabam ficando. Moradores celebram a presença do animal como uma conexão com a natureza urbana, mas há preocupações com os perigos deste contato. Especialistas destacam riscos como agressividade (mordida e arranhões) por falta de comida e transmissão de doenças graves como raiva e herpes B — potencialmente letais para humanos e macacos.
Alimentar animais silvestres pode causar desequilíbrios ambientais. Acostumados à oferta fácil de alimentos, eles podem perder habilidades de sobrevivência natural.
A Guarda Civil Ambiental não foi acionada neste caso, mas está pronta para resgatar a fauna silvestre. Autoridades recomendam evitar interações diretas, não pegar nem alimentar, e contatar serviços especializados pelo telefone 153 em casos de avistamentos.
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