Israel matou cinco jornalistas da Al Jazeera em Gaza. Um deles era Anas al-Sharif, conhecido por sua cobertura na linha de frente.
“O conhecido correspondente da Al Jazeera fez uma ampla cobertura no norte de Gaza. O jornalista de 28 anos era uma fonte importante de notícias da Cidade de Gaza e do norte para o público internacional desde o início da guerra de Israel na Faixa de Gaza, há cerca de 22 meses”, diz a emissora em reportagem na TV.
Além de Sharif, outros três jornalistas da Al Jazeera e um assistente morreram no ataque, que mirou uma tenda em que eles estavam, perto de um hospital na Cidade de Gaza.
Israel confirmou ter matado o jornalista, alegando que ele liderava uma célula do Hamas. A Al Jazeera e o próprio correspondente rejeitaram a acusação. E a ONU também afirmou que as alegações contra Sharif são infundadas.
Grupos de direitos humanos e organizações de jornalistas condenaram o ataque.
“A ocupação afirma que, ao matar os jornalistas, a verdade será silenciada e seus crimes não serão expostos. Mas eu digo à ocupação que seus bombardeios contra nós aumentam nossa determinação e resolução em transmitir a voz do sofrimento do nosso povo em Gaza, e nós mostramos seus crimes contra o povo palestino na Faixa de Gaza”, afirma o jornalista palestino Ibrahim Abu Moussa.
A Al Jazeera disse que Sharif era um de seus jornalistas mais corajosos. E que o ataque de Israel foi “uma tentativa desesperada de silenciar vozes antes da ocupação de Gaza”.
O governo israelense aprovou um plano do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para ocupar a Cidade de Gaza. O que seria parte de uma nova ofensiva contra o Hamas em resposta ao ataque terrorista de 7 de outubro de 2023.
A Al Jazeera é um dos poucos veículos de imprensa que seguiu funcionando em Gaza depois do início do conflito atual. E Israel costuma acusar a emissora catari de atuar em parceria com o Hamas.
Além de trabalhar para a Al Jazeera, Sharif ganhou um Prêmio Pulitzer com a Reuters pela cobertura da guerra entre Israel e o Hamas.
Minutos antes de morrer, ele publicou que Israel estava bombardeando intensamente a Cidade de Gaza. E deixou uma mensagem para ser divulgada caso ele morresse: “Se estas palavras chegarem até você, saiba que Israel conseguiu me matar e silenciar minha voz”.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas já havia alertado que a vida de Sharif estava em perigo. De acordo com a organização, pelo menos 186 jornalistas foram mortos em Gaza desde 7 de outubro de 2023.
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