No Egito, começaram as negociações entre Israel e Hamas para implementar o plano de paz proposto pelos Estados Unidos.
Sob mediação de Egito, Catar e EUA, as delegações discutiram detalhes técnicos e práticos para tirar o plano do papel.
Em Gaza, Israel voltou a bombardear alvos do Hamas, apesar do apelo americano por uma interrupção dos ataques.
Enquanto os engravatados não decretam o fim do conflito, uma geração de palestinos não sabe o que é viver em paz. Um exemplo são os gêmeos Uday e Hamza.
Eles nasceram no dia 2 de novembro de 2023 num hospital em Gaza, um mês depois dos ataques do Hamas a Israel. Todas as fases da vida desses gêmeos foi marcada até agora pela guerra.
No momento em que nasceram, 9 mil palestinos já tinham morrido por causa dos ataques de Israel, de acordo com autoridades de saúde locais, ligadas ao Hamas.
A mãe relata a dificuldade que teve para alimentar os filhos, num momento em que Israel impôs um bloqueio à entrada de suprimentos no início do conflito.
E a guerra não só levou fome, mas tirou um pedaço da família. O pai foi morto em busca de comida em julho de 2024, e outros dois irmãos ficaram feridos após um bombardeio.
Uday, Hamza e a mãe precisaram deixar a casa onde moravam. Agora, vivem num acampamento lotado à beira da praia, sem saneamento, em meio à escassez, ao barulho de tiros e aviões de guerra.
Com quase 2 anos de vida, as crianças mal conseguem andar e sabem falar poucas palavras. Hoje, com quase dois anos de guerra, são mais de 67 mil palestinos mortos, mas isso não tira a esperança da mãe de que um dia os meninos vivam numa terra de paz.
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