Confira, com exclusividade, um trecho inédito da entrevista com Fernanda Abreu exibida no #EspecialdeDomingo. A cantora, que celebra os 30 anos de seu terceiro disco solo, Da Lata, falou sobre sua relação com o funk carioca ainda nos anos 1980.
“Mesmo sendo essa pessoa definida, com esse privilégio de branca, de classe média, da zona sul carioca, eu acho que a arte me levou para muitos lugares, a música me levou para muitos lugares diferentes. E, de certa maneira, a gente vivia naquele momento da cidade partida – daquele livro incrível do Zuenir – e eu acho que eu e a minha música éramos uma espécie de ponte, entre o morro e o asfalto. Eu nunca fui funkeira – porque eu não nasci na favela -, mas eu sempre tive uma conexão com essa música, com a música dançante”.
Fernanda também lembra as críticas que recebeu na época por defender o funk. “Era um momento em que o funk estava sendo muito criminalizado. Tudo era culpa do funk: qualquer arrastão, roubo ou violência. Eu não via dessa maneira; para mim, sempre foi uma questão de racismo estrutural. A gente não tinha esse letramento naquela época, mas hoje fica claro que o preconceito é muito mais racial do que propriamente pela batida do funk. Porque o funk também retrata a realidade da favela, e isso nem sempre é muito palatável para muita gente. Essa é a desigualdade no Brasil: quer mudar a realidade do funk? Mude a realidade da favela.”
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