O ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi incluído na lista de sancionados dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky — um dos mecanismos mais duros da política externa americana. A medida, inédita contra uma autoridade de alto escalão de um país democrático, pode afetar profundamente sua vida financeira e digital.
Na prática, Moraes está proibido de realizar qualquer transação com empresas ou cidadãos americanos. Isso inclui bloqueio de contas, cartões de crédito internacionais, operações em moeda estrangeira e o uso de serviços e plataformas com sede nos EUA — como Google, Meta, Uber e até sistemas de reserva de passagens. Também pode haver banimento de redes sociais, como já ocorreu em outros casos.
Os EUA alegam que Moraes cometeu abusos ao autorizar prisões preventivas e restringir a liberdade de expressão em processos envolvendo Jair Bolsonaro. A decisão pode gerar impacto nas relações bilaterais e será difícil de reverter. Contestação só é possível por meios diplomáticos, judiciais ou por organismos internacionais.
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