Na preparação para a COP30, o Brasil reforçou a grande aposta do país para a cúpula em Belém.
No dia em que lançou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, o governo federal comemorou apoios que somam mais da metade da meta de financiamento, que é de US$ 10 bilhões, para o primeiro ano dessa iniciativa de ajuda climática.
São US$ 5,5 bilhões em aportes garantidos, e apesar de 50 países apoiarem o fundo de florestas, os investimentos anunciados em Belém vieram de quatro países.
O principal foi a Noruega, que já é o principal doador do Fundo Amazônia e anunciou quase US$ 3 bilhões até 2035 para o novo fundo. A França se comprometeu com US$ 500 milhões até 2030.
Holanda e Portugal completam a lista com valores mais modestos: holandeses vão doar US$ 5 milhões, e portugueses, um milhão de euros. A expectativa é que Alemanha, China e Emirados Árabes também anunciem aportes.
Mas como foram as negociações e qual é a meta final do governo? A grande novidade do Fundo Florestas Tropicais para Sempre é que, na prática, todo esse dinheiro não é doação. O modelo é de um fundo de investimento de renda fixa, administrado pelo Banco Mundial.
Primeiro, países e fundações entram com uma parte do dinheiro inicial, uma espécie de garantia para o fundo, e o Brasil ainda busca a adesão para atingir a meta de US$ 10 bilhões em aportes iniciais.
Com esse respaldo, o fundo emite títulos no mercado financeiro e atrai investidores privados que compram esses papéis esperando um retorno. E o objetivo é ambicioso: mobilizar US$ 125 bilhões, dinheiro que será aplicado em ativos seguros e sustentáveis, como títulos públicos e empresas verdes.
E aí vem o diferencial: depois de pagar os investidores, o lucro que sobra vai direto para os países que mantêm as florestas em pé. O pagamento será de US$ 4 por hectare preservado de floresta nativa – pelo menos 20% dos recursos vão para povos indígenas e comunidades locais.
Ao todo, 73 países em desenvolvimento podem ser beneficiados. Juntos, eles abrigam cerca de 1 bilhão de hectares de florestas tropicais e subtropicais úmidas.
Brasil, Indonésia e República Democrática do Congo podem ficar entre os principais beneficiários, mas só entram no bolo os países que desmatarem menos de 0,5% da área de floresta em pé no ano anterior.
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