Capital da Conferência da ONU sobre Mudança Climática, a COP30, Belém traz os olhos do mundo direto para a Amazônia. Mas essa não é a primeira vez que a capital paraense recebe todas as atenções por conta da floresta.
No século 18, os europeus que navegavam pela região conheceram com os indígenas o valioso material que vinha do látex da seringueira: a borracha ou o “ouro negro”. Num mundo em plena expansão da indústria, esse novo material revolucionou a economia do mundo inteiro, mas especialmente a de cidades como Belém e Manaus. Apelidada de ‘Paris N’América’, Belém ganhou teatros, palácios, boulevards, praças, energia elétrica, bondes e crematórios. E também imigrantes em busca de uma vida uma melhor.
Mas um fato mudaria o curso dessa história de dinheiro jorrando para as elites da Amazônia. Em 1876, contratado pelo jardim botânico Kew Gardens, de Londres, o inglês Henry Wickham consegue passar pelo porto de Belém com 70 mil sementes de seringueira em direção à Inglaterra. Lá, consegue-se germinar milhares de sementes e transplantá-las para colônias britânicas na Ásia.
Com o sucesso das novas plantações em larga escala do outro lado do mundo, a economia da Amazônia ruiu, e Belém entra em derrocada.
A cidade vivencia agora uma nova revolução urbana, com dezenas de obras bilionárias ligadas à COP30 que criaram parques, avenidas e espaços de lazer.
A BBC News Brasil mergulhou nessa história e ouviu dos especialistas os aprendizados – sobre biodiversidade, desenvolvimento e desigualdade – que os altos e baixos do ciclo da borracha podem trazer para vida atual de Belém e da floresta.
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