Onde está o Brasil na geopolítica da tecnologia? Para o embaixador Eugênio Garcia, diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia, Inovação e Propriedade Intelectual (DCT) do Ministério das Relações Exteriores, vivemos hoje uma espécie de “guerra fria tecnológica”, marcada pela disputa de supremacia entre Estados Unidos e China. Nesse cenário, a tecnologia será decisiva para definir quem ocupará a posição de número 1 no mundo. A posição brasileira, no entanto, não deve ser a de escolher entre um lado ou outro, mas sim de buscar seu próprio caminho. Isso significa fortalecer o desenvolvimento tecnológico nacional e investir em soberania digital, conceito que não se confunde com autossuficiência total, já que tudo está interconectado, mas que envolve criar condições para reduzir vulnerabilidades e ampliar nossas capacidades internas. “O caminho ideal é construir parcerias de longo prazo”, afirma o embaixador. Ele cita como exemplo o acordo com a Suécia para os caças Gripen, que trouxe transferência de tecnologia numa área estratégica. Precisamos consertar e acelerar o carro enquanto ele está andando já que, ao mesmo tempo em que o país corre atrás de políticas nacionais em áreas como data centers, minerais críticos e cabos submarinos, precisa coordenar ações entre ministérios e garantir coerência nas estratégias. O papel do Itamaraty é justamente articular essas parcerias no exterior, abrindo espaço para que o Brasil se posicione com alternativas próprias no tabuleiro global.
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