Rastreadores pequenos e baratos estão sendo usados por criminosos em São Paulo para monitorar suas vítimas. Em dois casos recentes relatados pela polícia local, os dispositivos foram utilizados para seguir alvos antes de serem executados. Um dos incidentes ocorreu no bairro Anália Franco e o outro em Osasco.
No primeiro caso registrado na zona leste da cidade, um doleiro foi seguido até ser alvejado dentro do carro. Após o ataque, um dos agressores tentou recuperar o rastreador colocado previamente no veículo da vítima. Já em Osasco, a suspeita é que José Leandro tenha sido localizado pelos assassinos através de um dispositivo similar enquanto estava num lava-rápido.
Embora esses equipamentos sejam legais e autorizados pela Anatel quando usados corretamente — como auxiliar na localização de crianças ou veículos — seu uso sem consentimento configura crime. A facilidade com que podem ser adquiridos nos mercados populares tem levado quadrilhas a utilizá-los para fins ilícitos.
Os preços variam bastante: nas lojas físicas do centro paulistano custam menos de R$ 100; já online chegam a R$ 250 dependendo das funcionalidades oferecidas. Além disso, as instruções sobre como escondê-los discretamente são amplamente divulgadas.
Especialistas alertam que qualquer pessoa pode se tornar alvo desse tipo de vigilância indesejada. Ao menor sinal suspeito, deve-se contatar imediatamente as autoridades competentes para investigar possíveis atividades ilegais envolvendo tais dispositivos tecnológicos.
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