Enquanto ainda tenta reverter a sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos a diversos produtos nacionais, o Brasil fortalece suas relações comerciais com a China.
O país asiático habilitou 183 empresas brasileiras para exportar café ao mercado chinês pelos próximos cinco anos. O anúncio foi feito pela Embaixada da China no Brasil e inclui também a liberação de exportações de gergelim, ração para aves e suínos.
A China já é o maior comprador de soja, carne bovina, carne de frango, celulose, algodão e açúcar do Brasil. Em 2024, as exportações brasileiras para o país asiático somaram 94 bilhões de dólares. A China também é, atualmente, o maior parceiro comercial do Brasil — e o principal investidor asiático em território nacional.
Segundo o Banco Central, somente no primeiro trimestre de 2025, os investimentos diretos chineses no Brasil somaram quase 380 milhões de dólares. E não se trata apenas da compra de commodities: a China tem aumentado sua presença em projetos de infraestrutura por aqui.
Um dos exemplos é a gigante chinesa CRRC, fabricante de trens, que deve inaugurar uma fábrica em Araraquara, no interior de São Paulo. A planta vai atender contratos assinados com o Metrô de São Paulo. Empresas chinesas também vêm participando de leilões de energia, firmando parcerias público-privadas e adquirindo participação em companhias brasileiras.
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