Elizabeth Miessa, vulgo Beth Goulart, estreou como escritora com a obra “Viver é uma Arte”
Em suma, Elizabeth nasceu no Rio de Janeiro, em 1961 e ficou conhecida pelo seu nome artístico Beth Goulart. Segundo informações, Beth seguiu carreira como atriz, cantora e dramaturga brasileira.
Ademais, no teatro ela escreveu e protagonizou a peça Simplesmente Eu, Clarice Lispector, o que a fez ganhar o Prêmio Shell de Melhor Atriz.
Para entender melhor a nova fase da vida de Beth Goulart, é preciso entender o que teria motivado essa mudança.
O que motivou a obra ‘Viver é uma Arte’ de Beth Goulart

Segundo a atriz, a perda dos seus pais teria inspirado sua obra, que iniciou com Mãe e Filha, Nicette Bruno e Elizabeth.
Em resumo, quando Paulo Goulart morreu, em 2014, após quatro anos enfrentando um câncer, Nicette e seus três filhos, todos espiritualistas, se reuniram em torno dele numa roda de oração.
De mãos dadas e olhos fechados, agradeceram e tranquilizaram o ator para que tivesse uma partida tranquila. Ademais, eles ainda sentiram o “momento em que a alma se desprendeu do corpo”, disse Beth Goulart, a filha do meio.
Entretanto, com a morte de Nicette Bruno em 2020 foi bem diferente. De acordo com Beth, sua mãe estaria internada com Covid-19. Em meio à situação que estava a mãe de Elizabeth, seus filhos tiveram que se despedir de longe sem poder tocá-la, ainda no hospital.
De antemão, em uma entrevista Beth diz que falou à sua mãe:
“Mamãe, a senhora foi maravilhosa, se for para ir, pode ir, vá em paz” contou.
Nicette faleceu logo após, em dezembro de 2020, um mês antes da vacina contra a Covid chegar ao Brasil. Desde então, Beth, de 61 anos, tem aprendido a lidar com a sensação de estar só no mundo.
“Estou aprendendo a ser mãe de mim mesma” diz Beth Goulart. “Me ninar nas noites de sono, me acalmar nas adversidades, me alegrar quando recebo carinho e afeto”, detalha ela no livro “Viver é uma arte – Transformando a dor em palavras”
A história do Livro “Viver é uma arte”

Em suma, com prefácio de Nélida Piñon e posfácio de Fernanda Montenegro, amiga de vida inteira de Nicette e Paulo, o livro teve seu lançamento na última terça-feira (28).
Ademais, fizeram o primeiro lançamento na sede do grupo Mulheres do Brasil, em São Paulo. No próximo dia 12, o lançamento será no Rio, na Livraria da Travessa do Leblon.
Em contrapartida, o processo do livro começou pouco antes da mãe de Beth adoecer. A proposta era que mãe e filha, que dividiam a vida e o palco, registrassem um pouco de suas histórias.
Segundo Beth, ela seria a narradora e Nicette faria comentários sobre temas da família.
Atualmente, Elizabeth conta que o livro começou para contar sobre a perda de Paulo, e como ela e sua mãe precisaram se apoiar.
Ademais, ela conta que não sabia, mas já estava se preparando para escrever sobre outro luto: a perda da mãe.
Após tudo ocorrer de forma drástica, Beth Goulart precisou se recolher e levou seis meses até voltar a escrever.
” Perder mãe é forte demais. A gente perde a maior referência, a sensação de orfandade é muito grande. Você zera o jogo e tem que descobrir como vai ser dali para frente. Quem eu sou? Quem eu quero ser? Quais as minhas escolhas? Fiz um mergulho interno de autoconhecimento, autoafirmação e descoberta de novas possibilidades. Com a morte do papai, realizamos uma peça. A da mamãe gerou um livro” conclui Beth, que posou para a capa sem maquiagem.
“No livro, não é a atriz, sou eu, é a minha alma que está falando. Abro mão da vaidade para abrir meu coração.”
A jornada de Beth após o livro

Atualmente, a atriz, dramaturga, diretora, cantora e agora escritora mostra coragem ao falar naturalmente sobre morte e justifica com sua espiritualidade.
Ademais, no dia 23, será inaugurada a Biblioteca Beth Goulart no Engenho de Dentro, iniciativa do projeto Favelivro, para o qual ela doou mais de mil obras.
“Para nós, espiritualistas, morte é continuidade. A gente sai da dimensão da matéria e vai para a espiritual. A morte é um movimento natural da vida. É melhor aprender a lidar do que simplesmente negar. Adoro uma frase do Guimarães Rosa, que diz: “Saudade é ser depois de ter”. Porque você não tem mais aquela pessoa, mas de alguma forma ainda tem, dentro de você.” Revela Beth.





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