No dia 20 de julho, o filme “Barbie” estreou nos cinemas, trazendo à tona discussões sobre o impacto da icônica boneca na cultura pop. A Barbie, com seu cabelo loiro, estatura alta e proporções consideradas voluptuosas, foi lançada no mercado em 1959 por Ruth Handler, criadora da boneca e cofundadora da Mattel. Ela a concebeu com a ideia de ser uma espécie de “irmã mais velha”, capaz de guiar as meninas ao longo da adolescência.

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A inspiração para criar a boneca mais famosa do mundo surgiu quando Ruth observava sua filha Barbara brincando com bonecas de papel. Essas bonecas de papel datam do século XVIII na França e eram utilizadas pelas mulheres para testar e encomendar vestidos, visualizando como as roupas ficariam no corpo.

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O corpo da Barbie foi inspirado na boneca Lilli, que Ruth Handler conheceu em 1956, durante uma viagem à Suíça. A Lilli era um modelo voltado para adultos e reproduzia uma personagem dos quadrinhos publicados no jornal alemão Bild.

Com essa trajetória única e impactante, a Barbie se tornou um ícone da cultura popular, influenciando gerações e continuando a fascinar pessoas ao redor do mundo.

Personagem Bild Lilli — Foto: Reprodução

Na ilustração, Lilli era retratada como uma mulher que se envolvia com homens ricos, recebia presentes luxuosos e se envolvia em situações cômicas com eles. Os quadrinhos faziam brincadeiras com a profissão da personagem, sugerindo que ela fosse uma espécie de acompanhante de luxo.

Os quadrinhos mostravam Lilli trabalhando em um escritório e atendendo o telefone, mas de forma humorística, ela era descrita como uma “call girl”. Em inglês e alemão, esse termo é uma gíria para “garota de programa”, o que trazia uma conotação ambígua à profissão da personagem.

Em uma entrevista para uma fundação de moda na Suíça, o criador de Lilli, Rolf Hausser, descreveu a personagem como “um símbolo do seu tempo”. Segundo ele, Lilli era retratada como sexy, jovem, inocente e cheia de frescor. Ela era independente, mas o aspecto mais importante era que ninguém poderia questionar sua virgindade.

Rolf Hausser também relatou que ficou surpreso ao descobrir que uma versão de Lilli estava fazendo sucesso entre as crianças nos Estados Unidos, e sentiu-se indignado ao ver sua boneca com um nome diferente. Ele questionou se a sua criação havia sido roubada. A ideia de processar a Mattel surgiu, mas foi desencorajada por seu irmão, que sugeriu que a O&M Hausser vendesse a patente da boneca.

À direita, a boneca alemã Lilli. À esquerda, a primeira Barbie, criada em 1959. — Foto: Reprodução

As informações são do portal de notícias G1.

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