Departamento de Estado dos EUA ordena a retirada de funcionários do governo e familiares do Haiti devido à crescente violência e instabilidade
Em resposta à escalada de violência, sequestros, crimes e distúrbios civis, além das precárias condições da infraestrutura de saúde no Haiti, o Departamento de Estado dos Estados Unidos tomou a decisão de ordenar, na quinta-feira (27), a retirada imediata de funcionários do governo que não sejam considerados essenciais, bem como seus familiares, do país caribenho.
Em um comunicado, o Departamento de Estado também recomendou que os cidadãos norte-americanos que não trabalham para o governo deixem o Haiti o mais rápido possível. Eles foram aconselhados a buscar opções de transporte comercial ou outras alternativas de transporte privado disponíveis.

O alerta de viagem emitido pelo órgão destacou a generalização dos sequestros, com vítimas que incluem regularmente cidadãos americanos. Os sequestradores estão demonstrando táticas cada vez mais sofisticadas, atacando inclusive comboios.
A situação no Haiti tem sido marcada por uma crise humanitária, com ações de gangues fortemente armadas resultando em dezenas de milhares de pessoas deslocadas, além de relatos frequentes de sequestros com pedido de resgate, estupros, torturas e assassinatos.
Desde o assassinato do presidente Jovenel Moise em julho de 2021, o país enfrenta um vácuo de liderança, sem conseguir eleger um novo líder para enfrentar os desafios crescentes. Essa ausência de governo central tem contribuído para o aumento da instabilidade e da violência em território haitiano.