Nos idos de 2013, o aplicativo Lulu bombou no Brasil ao permitir que mulheres avaliassem o desempenho dos homens com os quais saíram, até ser tirado do ar. Agora, um sucessor do Lulu ganha força nos EUA: o TEA Date Advice já superou o ChatGPT em número de downloads e reúne 4 milhões de usuárias para ranquear homens após encontros, usando bandeiras verdes ou vermelhas para alertar sobre comportamentos abusivos ou violentos. Para Bianca Kremer, pesquisadora da FGV-Rio e conselheira titular do Comitê Gestor da Internet, a proposta nasce da necessidade objetiva de reforçar a segurança das mulheres, mas poderia enfrentar obstáculos jurídicos caso chegasse ao Brasil, sobretudo por causa da divulgação de informações potencialmente ofensivas. O sucesso do TEA foi abalado por um vazamento de dados sensíveis, incluindo selfies usadas para autenticação. Bianca avalia que a captação de dados com biometria tem sido largamente utilizada e considerada segura, mas ainda falta um tanto para construir um ecossistema robusto de proteção de dados para evitar novas falhas.
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