“Está cada vez mais claro nos bastidores da política brasileira que a família Bolsonaro se alterna nas posições de quem vai ser o responsável por negociar o resgate desse sequestro que eles fazem com o campo do centro e da direita”, explica Andréia Sadi.
Depois de Eduardo Bolsonaro — que usou a ameaça de tarifas e sanções do governo Trump contra o Brasil para forçar o Congresso a aprovar a anistia —, é Flavio quem assume esse papel de negociador, diz a jornalista, e com o mesmo fim: usar sua candidatura à Presidência para forçar os partidos de centro e de direita a se comprometerem com a anistia ao ex-presidente.
“É o modo desespero desse campo, principalmente do bolsonarismo raiz, que viu nesse gesto do ex-presidente Bolsonaro um tudo ou nada, uma tentativa de sobreviver, mas prejudicando a organização do campo do centro e da direita”, conta Sadi.
“Nos bastidores, não tem nenhum partido de centro e de direita que tope entrar nessa estratégia, a não ser o PL que é o partido de Bolsonaro. Essa agora é a discussão nos bastidores, essa moeda de troca que eles querem tentar emplacar para convencer Flávio a desistir da candidatura”.
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