Para Affonso Nina, construir data centers no Brasil é mais do que uma estratégia tecnológica, é uma questão de autonomia. Ter capacidade própria de processamento não só garante independência, como impulsiona todo o ecossistema de tecnologia. Os novos data centers poderão ser operados por empresas brasileiras, multinacionais ou globais. No último caso, estudiosos apontam para o risco do chamado “extrativismo digital”, quando recursos e dados viram insumo para enriquecer outras economias. Affonso discorda, já que entende que o que será exportado é algo de muito mais valor agregado que energia bruta: capacidade de processamento de dados. Essa é a penúltima ponta da cadeia tecnológica global, e ocupar esse espaço significa colocar o Brasil em um patamar mais alto na economia digital.
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