O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (4/8).
A decisão é um agravamento das medidas cautelares já impostas em julho pelo ministro. Para Moraes, Bolsonaro descumpriu de forma deliberada ordens judiciais — especialmente a proibição de uso de redes sociais e a tentativa de interferir no curso das investigações.
Moraes esclareceu que entrevistas e discursos públicos usados como “material pré-fabricado” para alimentar redes sociais por meio de aliados também seriam considerados descumprimento da ordem judicial.
Neste domingo (3/8), o ex-presidente apareceu por meio de uma ligação de vídeo no celular do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) nas manifestações de apoiadores em São Paulo, e depois em um vídeo na rede social de um dos filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
A defesa de Bolsonaro afirmou ter sido “surpreendida” com o decreto da prisão domiciliar, já que o ex-presidente “não descumpriu qualquer medida”.
Por meio de nota, os advogados afirmaram que Bolsonaro não estava proibido de dar entrevistas ou fazer discursos públicos.
“A frase ‘boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos’, não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso”, diz a defesa de Bolsonaro.
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