Milhares protestam em São Paulo contra tarifas de Trump e pela tributação dos super-ricos

Milhares de pessoas se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo, na quinta-feira (10/7) para exigir justiça tributária e reformas econômicas mais justas no Brasil. A manifestação foi organizada pelas frentes “Povo Sem Medo” e “Brasil Popular”, com apoio do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

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As imagens mostram milhares de pessoas protestando com faixas que diziam “Taxem os super-ricos já” e “Taxar grandes fortunas é urgente”, expressando indignação com o que chamam de favoritismo em relação às elites econômicas.

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“Mais uma vez, o imperialismo quer colocar o Brasil de joelhos. No entanto, agora temos um governo que responderá adequadamente. Esperamos, e torcemos, que o governo Lula dê uma resposta adequada e não permita que o Brasil se ajoelhe diante dos Estados Unidos ou de qualquer outra potência imperialista que possa surgir”, disse um dos participantes.

Os manifestantes criticaram as políticas fiscais que, segundo eles, favorecem bilionários, grandes bancos e empresas de jogos de azar online, coletivamente chamadas de “BBB” pelos organizadores. Suas principais reivindicações incluíam a isenção do imposto de renda para pessoas físicas que ganham até R$ 5 mil por mês e a eliminação da escala 6×1.

“Estou aqui hoje porque vejo a desigualdade e a injustiça acontecendo neste país. O Congresso, eleito pelo povo, parece determinado a prejudicar os necessitados. Eles querem dar mais vantagens aos ricos enquanto retiram a pouca assistência disponível para aqueles que nada têm”, explicou outro manifestante.

O protesto, que bloqueou a avenida em ambos os sentidos, ocorreu pacificamente. Os participantes também condenaram o recente anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, chamando essa medida de uma afronta à economia nacional.

O protesto marca uma nova fase de mobilização para os apoiadores de esquerda do Brasil, que agora se concentra em questões econômicas e sociais. Essa mudança ocorre na esteira do declínio dos protestos pró-Bolsonaro e dos debates em andamento sobre anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro.

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