No auge de seus 85 anos, Ary Fontoura já acumula mais de 52 anos de carreira, e isso pode ser considerado um exemplo de vitalidade. Em recente entrevista ao UOL, o ator revelou estar em plenas condições para a atuação e demostrou estar bastante animado com seu papal na novela Orgulho e Paixão.

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“Ocupar-se é muito importante. Ainda tenho uma memória boa, decoro legal, gosto de representar. Tenho boa saúde, me cuido e acho que é a genética também. Minha mãe faleceu com 100 anos e tenho uma irmã com 93 e um irmão com 90”, iniciou o octogenário, durante o intervalo na gravação do folhetim das 18h.

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Dando vida ao Barão Afrânio Cavalcante, ele avalia bem a satisfação que a profissão lhe dá: “Estou um pinto no lixo”.

Inicialmente, o Barão teria seu papel limitado na trama de Marcos Bersntein, que é inspirada na obra da escritora inglesa Jane Austen, contudo, sua atuação conquistou o público garantindo assim que seu personagem continuasse na novela.

“Ele deveria morrer no capítulo 40 para ceder espaço para a trama acontecer de outra forma. Mas a direção e os autores concordaram com o rumo que imprimi ao personagem, me deram certa liberdade para construí-lo de forma quase teatral. Quem trabalha em novela nunca deve fechar o personagem definitivamente. Deixo lacunas e os autores preenchem”, explicou o Ary.

Ainda que rude, tradicionalista e prepotente, Ary diz que seu personagem ganhou o admiração dos telespectadores.

“Ele tem virtudes, bondades e maldades do ser humano, o que ator quer mais que isso? Pode se esbaldar. Quem ganha com isso é quem assiste. As pessoas me abordam nas ruas, dizem que é novela que não se fazia há algum tempo, que é suave, de bom gosto. Também acho que é bem cuidada. Fico feliz de estar nesse trabalho”, finalizou.

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