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Mondelez, dona da Lacta, reescreve as regras após polêmica com Felipe Neto, exigindo pureza de imagem para seus garotos-propaganda
A polêmica escolha de Felipe Neto como rosto da campanha do Bis impacta a Mondelez, dona da Lacta, que agora redefine as regras para contratar influenciadores e artistas. A mudança ocorre após o boicote nas redes sociais, revelando uma lição de marketing em um país polarizado.
Internamente, a Mondelez será mais rigorosa, conduzindo pesquisas de reputação antes de assinar contratos. Além da contagem de seguidores, a exposição pública de posição política e ideológica, polêmicas envolvendo racismo ou preconceito, e opiniões controversas agora são fatores cruciais na seleção.
Fontes no mercado publicitário indicam que essa decisão pode se tornar uma tendência adotada por outras empresas, aprendendo com a situação envolvendo a campanha do Bis.
Em outubro, a escolha de Felipe Neto, influenciador crítico de Jair Bolsonaro, gerou boicote à Lacta. A hashtag #BISnuncamais tornou-se trending no Twitter. Neto, com mais de 45 milhões de seguidores, defendeu-se, celebrando o apoio da hashtag #corujaspedemBIS. A Mondelez afirmou que a contratação foi baseada na relevância de Neto no universo gamer, sem apoio político.
A Mondelez, quarto maior mercado global da empresa, reforça seu respeito à diversidade de opiniões. Com 10 mil colaboradores e 17 unidades no Brasil, a receita da Mondelez somou US$ 31,5 bilhões em 2022, com um portfólio que inclui marcas como Trident, Lacta, Bis, Club Social, Oreo, Tang e Philadelphia.
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