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Mario Sergio Conti entrevista Antonio Pitanga sobre carreira e cinema. O ator e diretor baiano está lançando, aos 86 anos, o filme “Malês”. A obra retrata a Revolta dos Malês, o maior levante organizado por pessoas escravizadas na história do Brasil e resgata a ancestralidade, a fé e a luta do povo negro no país.
“Eu acho que o Malês é o chamamento, nós podemos. Esse movimento vai dando luz à memória. Essa memória iluminada resgata a história de quem são essas pessoas. Essas pessoas são braços construtores desse país. Porque esse país que foi tão delapidado, não caiu? Por que esse negro que carrega no seu corpo a ancestralidade e os seus antepassados de chicote e continua de pé? Porque nele emana uma cultura de uma mãe africana. Então o pilar do Brasil, seja ele na culinária, na cultura, na dança, na música, é negro. Na alegria. Você tem uma cultura que é um pilar. Quem é a mão construtora desse país chamado São Paulo? São Paulo é um país. A mão negra!”, destaca Antonio.
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