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Em entrevista exclusiva, o almirante Henrique Gouveia e Melo, líder nas pesquisas para a eleição presidencial portuguesa de janeiro, fala sobre os principais temas da política nacional e apresenta sua visão para o futuro. Entre os assuntos abordados estão imigração, o papel da diáspora portuguesa, a atuação dos militares na política e sua plataforma como democrata de centro.
Gouveia e Melo também destaca a importância de manter uma relação próxima entre Portugal e Brasil. O candidato critica partidos de direita radical, como o Chega, por explorarem o medo da população em relação à imigração. “Houve um período de grande descontrole, praticamente sem regulação da entrada de imigrantes, o que fez com que a população portuguesa aumentasse quase 15% em poucos anos, pressionando os serviços públicos e o mercado imobiliário”, afirma.
Apesar das críticas, o almirante reconhece o papel essencial dos imigrantes na economia e na sustentabilidade do sistema previdenciário. Segundo ele, Portugal enfrenta uma pirâmide etária invertida e, sem imigração, poderá ver sua população cair de 11,5 milhões para cerca de 6 milhões até 2100, o que comprometeria gravemente a economia e a seguridade social.
Como militar reformado, Gouveia e Melo aborda as preocupações sobre a interferência das Forças Armadas na política, especialmente após tentativas de golpe em outros países, como o Brasil. Ele afirma que sua candidatura representa a maturidade da democracia portuguesa e se posiciona como uma alternativa ao populismo e aos extremos políticos, que, segundo ele, “tentam capturar a população insatisfeita”.
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